Bronzeamento Artificial: Entenda a Proibição no Brasil, os Riscos à Saúde e a Influência das Redes Sociais
- Trendz
- 24 de jan.
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de jan.
O bronzeamento artificial em câmaras com raios ultravioleta (UV) é um tema que gera muita discussão e preocupação entre as autoridades de saúde. No Brasil, a utilização dessas câmaras para fins estéticos é expressamente proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, por meio da Resolução RDC nº 56/2009. Essa proibição se baseia em sólidas evidências científicas que comprovam a forte ligação entre a exposição à radiação UV artificial e o desenvolvimento de câncer de pele. Apesar da clareza da legislação, a prática ainda é divulgada por algumas influenciadoras e profissionais da estética, criando um cenário de desinformação e colocando em risco a saúde de seus seguidores.

Bronzeamento Artificial: Uma Prática Proibida com Graves Consequências
A proibição do bronzeamento artificial em câmaras de UV no Brasil não é arbitrária. Ela se fundamenta em estudos e pesquisas que demonstram o alto potencial carcinogênico dessa prática. A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o uso de câmaras de bronzeamento artificial no Grupo 1, ou seja, como carcinogênico para humanos, o mesmo grupo do tabaco e do amianto. Isso significa que há evidências científicas suficientes para concluir que a exposição à radiação UV artificial causa câncer.
Os Perigos do Bronzeamento Artificial para a Saúde: Detalhando os Riscos
A exposição à radiação UV emitida pelas câmaras de bronzeamento artificial aumenta consideravelmente o risco de desenvolver diversas condições graves, incluindo:
Câncer de Pele: O principal e mais grave risco é o desenvolvimento de câncer de pele, incluindo melanoma, o tipo mais agressivo e com maior taxa de mortalidade, e outros tipos como carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O bronzeamento artificial aumenta esse risco independentemente da idade, mas o risco é ainda maior para quem inicia a prática antes dos 35 anos, conforme alertado pela Anvisa e discutido na Câmara dos Deputados.
Queimaduras e Lesões na Pele: A intensidade da radiação UV nas câmaras de bronzeamento pode causar queimaduras graves, vermelhidão intensa, bolhas, descamação e outros danos à pele. Essas lesões podem ser dolorosas e deixar cicatrizes.
Envelhecimento Precoce da Pele: A exposição repetida à radiação UV acelera o envelhecimento da pele, levando ao surgimento precoce de rugas, linhas de expressão, manchas escuras (hiperpigmentação), flacidez e perda da elasticidade da pele.
Danos Oculares: A radiação UV também pode causar danos irreversíveis aos olhos, como catarata, lesões na córnea e até mesmo câncer ocular. É fundamental o uso de proteção ocular adequada durante as sessões de bronzeamento, o que muitas vezes não é garantido nos estabelecimentos que oferecem o serviço ilegalmente.
Carcinoma Epidérmico da Conjuntiva: Conforme alertado pela Anvisa, o bronzeamento artificial também aumenta o risco de carcinoma epidérmico da conjuntiva, um tipo de câncer que afeta a membrana que reveste a parte branca do olho e a parte interna das pálpebras.
O Alerta Constante da Anvisa e a Proibição do Bronzeamento Artificial:
A Anvisa tem sido incisiva em seus alertas sobre os perigos do bronzeamento artificial, publicando resoluções e comunicados que reforçam a proibição da venda e do uso de câmaras de bronzeamento com finalidade estética em todo o território nacional desde 2009 (Resolução RDC nº 56/2009). A agência enfatiza que não há um nível seguro de exposição à radiação UV artificial e que os danos causados por essa exposição são cumulativos e podem se manifestar muitos anos depois, muitas vezes de forma irreversível.
A Problemática da Divulgação do Bronzeamento Artificial por Influenciadoras:
Apesar da proibição e dos alertas das autoridades de saúde, algumas influenciadoras e profissionais da estética continuam a divulgar o bronzeamento artificial em suas redes sociais, muitas vezes apresentando a prática como segura e eficaz. Essa divulgação irresponsável contribui para a disseminação de informações incorretas e coloca em risco a saúde de seus seguidores, principalmente jovens, que são mais suscetíveis à influência dessas figuras. A veiculação de informações enganosas sobre o bronzeamento artificial banaliza os riscos à saúde e ignora as evidências científicas que comprovam seus malefícios. A exposição de corpos bronzeados como ideal de beleza reforça a busca por um padrão estético perigoso e prejudicial à saúde.

Implicações Legais e Sanções:
A prática do bronzeamento artificial em si não gera multa direta para o indivíduo que se submete ao procedimento. No entanto, os estabelecimentos que oferecem o serviço ilegalmente estão sujeitos a severas sanções da vigilância sanitária, que podem incluir multas pesadas, interdição do local e apreensão dos equipamentos. A divulgação e a promoção do serviço também podem acarretar em processos judiciais.
Alternativas Seguras ao Bronzeamento Artificial: Priorizando a Saúde da Pele
Felizmente, existem alternativas seguras e eficazes para obter um bronzeado sem expor a pele aos riscos da radiação UV:
Autobronzeadores: Cremes, loções, mousses e sprays autobronzeadores contêm dihidroxiacetona (DHA), uma substância que reage com as células da camada mais externa da pele, produzindo um bronzeado temporário sem a necessidade de exposição ao sol ou à radiação UV.
Bronzeamento a Jato: Técnica que utiliza um spray com uma solução bronzeadora à base de DHA, proporcionando um bronzeado uniforme e rápido.
Se você busca um bronzeado natural e saudável, sem riscos à saúde, confira nossa postagem sobre Sucos que auxiliam o bronzeado natural.
Saúde em Primeiro Lugar: Diga Não ao Bronzeamento Artificial
O bronzeamento artificial em câmaras de UV é uma prática comprovadamente prejudicial à saúde e proibida no Brasil. A exposição à radiação UV artificial aumenta significativamente o risco de câncer de pele e outros problemas graves. É fundamental priorizar a saúde e optar por alternativas seguras para obter um bronzeado, como autobronzeadores e bronzeamento a jato. A conscientização sobre os perigos do bronzeamento artificial, especialmente no contexto da influência das redes sociais, é crucial para proteger a saúde da população.
Comments